
Devastação florestal altera clima e deixa Ndalatando mais quente
Três quilómetros, a partir da Paróquia de São João Baptista em direcção Sul de Ndalatando, Cuanza-Norte, localiza-se o Centro Botânico do Quilombo. Trata-se de uma zona potencialmente turística, berço de uma das 11 estações experimentais agrárias do país, local de produção agrícola e “pulmão” da cidade.
No Quilombo a temperatura ronda entre 17 e 20 graus em tempo de calor. A floresta, constituída por árvores frondosas de várias espécies, provoca uma escuridão precoce.
O silêncio, o verde de diversas plantas e ruas cobertas pelos ramos de árvores que as atravessam, tornam-no num lugar aprazível. As ruas, asfaltadas e de terra batida têm vários destinos, dentre os quais a ponte chinesa, erguida para se chegar a uma das raras ilhas do Muembeje.
São valências que incentivam a preferência para se organizar no local almoços, lances, piqueniques e visitas diárias de numerosas pessoas de diferentes extractos sociais, individuais ou em caravana provenientes de vários pontos da província e não só.
"Local lindo e agradável. Pode atrair pessoas de várias origens”, comentaram várias figuras que integravam uma comitiva do então ministro da Comunicação Social, Nuno Carnaval, que esteve no local para a gala do Prémio Provincial de Jornalismo do Cuanza-Norte, em Fevereiro.
É consensual que a beleza do Quilombo reside no seu desenho horto-botânico, fruto da acção do homem em sincronia com a natureza. Para a valorização turística da zona apontam-se várias medidas. O barista Julito Santos sugere que o ponto de partida é a recomposição do horto, porque as pessoas vão para aquele centro conhecer plantas raras.
" É preciso atrair investidores para criação de áreas de lazer como piscinas e quiosques, onde se pode consumir bebidas naturais e pratos da terra. Além isso, é preciso entender redes de telecomunicações, água, luz e loja para venda de flores, plantas e se possível construir-se construir hotel”, acrescentou.